Era uma vez uma senhora que tinha um gato e um senhor que tinha uma gata. E a gata odiava o gato, e o gato, às tantas, já odiava a gata. E como a senhora era, ela mesma, uma gata, já odiava a outra também, e o senhor punha as garras de fora para o gato e fazia-lhe ffffffffff, por causa da gata. Vai na volta, o senhor odiava a senhora e a senhora odiava o senhor. Não por causa dos gatos. Por mágoas passadas, por coisas que o tempo não devolve, por feridas não abertas, não. Fechadas, disfarçadas pela quantidade certa de fond de teint. E eu sei que o senhor amava a senhora da maneira neurótica que a sua existência lhe permitia, e que a senhora o podia amar, não fosse o fond de teint. Os gatos são o transfere da luta intrínseca para o terreno, são a toma de partidos, de clubes. É assim que funciona. E não viveram felizes juntos, nem para sempre.
Relatório de estágio acabado, depois da maior ausência de sempre, voltei, com um texto esquizofrénico.
Relatório de estágio acabado, depois da maior ausência de sempre, voltei, com um texto esquizofrénico.
7 comentários:
e mesmo com esse texto parvo... fazias cá falta... :-)
Sinto aqui alguma esquizofrenia em catadupa, de facto. Mas estou tão habituada a estes diálogos de bichas do demónio todos os dias, que já nada me choca.
Um bem haja e bem vinda de novo, minha senhora!
E voltaste em força, cheia de garra! :-)
weee até q enfim que voltaste! esquizofrénico ou não gostei do texto! :)
e k regresso...
Felinos assanhados e casais a condizer. A perfeita antítese do conto de fadas.
Welcome back! :)
E a morte não os chegou a separar. verdade?
Xi.
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